Concerto barroco

Concerto barroco Alejo Carpentier


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Concerto barroco





Um percurso por um "mapa alegórico" em que se desenham todas as linhas de força da cultura latino-americana, da imitação servil de modelos europeus à exploração de veios próprios.

Em inícios do século XVIII, um milionário da prata mexicana, neto de conquistador maltrapilho, aristocrata há uma geração apenas, deixa a terra natal para uma temporada de luxos e prazeres em Veneza. Chegando à cidade em pleno Carnaval, o Amo e seu criado Filomeno serão protagonistas de um concerto sem igual, que reunirá os maiores prodígios da Europa barroca, mas também a música do Velho e do Novo Mundo.

O livro de Carpentier nos leva de uma Cidade do México que imita em prata lavrada todas as manias metropolitanas a uma Veneza em que, depois de muita peripécia erótica e musical, o Amo transformado em libretista do padre Antonio Vivaldi tentará levar à cena uma versão fiel e operística da conquista do México.

A tarefa, está claro, é impossível, mas o fracasso não resulta em impasse. Numa virada final - anacrônica e fabulosa, barroca e moderna ao mesmo tempo -, caberá a Filomeno tomar a batuta e transplantar sua própria versão do barroco de volta à América - e de volta ao século XX.

Certamente um dos grandes escritores latino-americanos do século XX, o cubano Alejo Carpentier chegou ao ápice de sua arte narrativa e musical nesta breve obra-prima de 1974, que o autor chamou de suma teológica de sua carreira e que o leitor brasileiro agora pode ler na primorosa tradução de Josely Vianna Baptista.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

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on 30/5/10


O livro terminou e eu chorei. Prosas tão musicais de um tal Carpentier, intelectual barroco, cubano afrancesado. De tamanha ousadia, mescla a música, a literatura e a vida. Faz de uma pequena novela, um livro de uma vida inteira. Sabe usar a erudição para alimentar a latinidade de um povo quase sempre sedento de uma identidade. Cria em simbiose com um trompete a veracidade de uma latente narração, que beira ao épico, que beira ao lírico, que beira o histórico. Coloca Vivaldi na roda, a... leia mais

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Jenifer
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20/09/2021 23:04:02

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