Confissões de Narciso

Confissões de Narciso Autran Dourado


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Confissões de Narciso





Um camafeu, dez mulheres, encontros e desencontros compõem Confissões de Narciso, exemplo da prosa hábil de Autran Dourado, cuja obra está sendo relançada pela Rocco.



O protagonista Tomás de Sousa Albuquerque deixa como legado confissões sobre as mulheres que amou, reunidas num caderno, na forma de dossiê. Sofia, sua viúva, leva os originais para apreciação do escritor João da Fonseca Nogueira, que resolve procurar um editor e publicá-los.



As confissões explicam o destino de Tomás, que, influenciado pela leitura de notórios escritores, dentre os quais Stendhal, autor de De l’amour, e Goethe, criador de Werther, discorre sobre o desafio de entender as paixões que o motivaram, os desafetos e desilusões que enfrentou na busca pela felicidade.



A primeira paixão foi Amélia, sua prima, quando viveu o dilema de amar plenamente ou fazer explodir seu ciúme doentio. Comparando-se à mitológica figura de Narciso — encantado pela própria imagem refletida ele cai num lago e morre — e ao trágico Werther — que comete suicídio por causa de uma mulher —, Tomás fica dividido: continuar acreditando no amor ou sucumbir à rejeição?



Alma, colega da faculdade de Direito, foi a segunda escolhida. Seguiram-se Teresa, irmã de um amigo, e Beatrice, dona da livraria que freqüentava. Para Tomás, não importava tanto a beleza das amadas, mas sim a semelhança física com a imagem eternizada no camafeu de sua adorada mãe, objeto que usa para inspirá-lo nas memórias.



Com Beatriz, uma prostituta, o radicalismo de adotar o sexo como solução para seus impasses afetivos apenas lhe proporcionou mais ressentimento. Izabel, uma cliente que queria se divorciar do marido, colocou-o novamente numa situação de adultério. Margarida, amiga da mulher do melhor amigo, Carolina, casada com um antigo colega da faculdade, e a jovem Angélica também ajudaram o protagonista a fazer uma reflexão a respeito das dificuldades de relacionamento entre homens e mulheres.



Autran Dourado usa a narração em primeira pessoa para construir um personagem angustiado, que representa a utopia amorosa: um caminho a ser percorrido com alegria e tristeza, prazer e dor.




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