Brasileiros e venezuelanos, estes quatro magníficos escritores partilham a mesma visão do destino e dos cálculos clássicos da narrativa policial. O delito é difuso, inclassificável, acidentado; a observação é equívoca, falível, inoperante; a dedução lógica é ambígua e controversa; a finalidade está irremediavelmente camuflada no jogo tempestuoso do acaso e dos tropeções.
Não há forma de encontrar nestes relatos de crimes nenhuma luta de inteligências entre o investigador e o delinquente, nenhuma assepsia de laboratório forense e, muito menos, um claro limite entre o bem e o mal.