Ao longo do século XX, as próprias ciências naturais e humanas passaram a ser estudadas como partes integrantes de uma dinâmica maior, relativa às condições de possibilidade da crença e da descrença a partir das quais as ciências dotam suas teses de sentido. Não é apenas a ciência que acessa os diversos sistemas religiosos, demonstrando os modos pelos quais a crença e a descrença se manifestam em termos evolucionários. Os sistemas de crença e descrença por sua vez também assumem um papel importante na configuração de uma antropologia das ciências. Contudo, essa interface ainda se encontra bastante incipiente nos países de língua portuguesa. A obra "Crença e evidência" destaca-se como uma das primeiras contribuições para um estudo aprofundado e rigoroso desse tema no Brasil.
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