"O livro recupera o trabalho e a história da comissão independente – integrada por representantes do Ministério Público Federal, do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), da Defensoria Pública, da Ouvidoria das Polícias, além de várias entidades defensoras dos direitos humanos – formada para apurar tanto os crimes cometidos pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital) como aqueles que decorreram da reação da polícia aos ataques do crime organizado.
Segundo a então secretária de Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, Eunice Aparecida de Jesus Prudente, o livro é uma obra de reflexão sobre a dicotomia violência/poder público. “Sobre como essa parceria acaba instituindo uma perversidade-de-mão-dupla, quando o canal escolhido é o abuso”, explica. E, como demonstram todos os estudos e levantamentos publicados em “Crimes de Maio”, foi este o canal escolhido pelo governo de São Paulo."