O diálogo entre marxistas e cristãos prossegue, a despeito das dificuldades iniciais de encontrar-se uma linguagem comum. Verifica-se, porém, na prática, um desejo recíproco de paz entre homens, o estabelecimento de um mundo sem antagonismos raciais, sem guerras de opressão, um mundo sem o espectro da miséria. A partir desse desejo demonstrado com sinceridade pelos interlocutores, tem sido possível manter-se o clima de respeito entre essas ideologias tradicionalmente conflitantes e muitos pontos de contato já foram estabelecidos. Pode-se, sem exagerado otimismo, entrever o dia em que cristãos e marxistas estarão de mãos dadas na tarefa de transformação do mundo, onde os homens poderão viver sem os antagonismos de classes, realizando os valores que constituem a sua essência.
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