Crônicas de um Bipolar

Crônicas de um Bipolar Marcelo Diniz


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Crônicas de um Bipolar





Marcelo Diniz é antes de tudo uma pessoa versátil. Por intermédio de uma amiga especialista norte-americana, o bipolar autor destas deliciosas crônicas aliviou-se ao descobrir que não estava sozinho: uma extensa lista de célebres figuras como Salvador Dalí, Beethoven, Isaac Newton, Marilyn Monroe, Elvis Presley, Tom Waits, Elizabeth Taylor e Francis Ford Coppola também são, ou foram, bipolares. Se entre os seus semelhantes há tantos donos de currículos invejáveis, pensou ele, nem tudo está perdido.Em seu novo livro, Crônicas de um bipolar, o autor conta episódios de sua vida e retrata com muito bom humor períodos em que a bipolaridade pode ter influenciado (ou não) certas atitudes e decisões. E é justamente esse sentimento de alívio que Marcelo transmite ao tirar de foco os aspectos depressivos da doença e expor, por meio de textos acessíveis e divertidos, a excêntrica rotina regida pela bipolaridade. São muitos pensamentos, muitas ideias, muitas inquietações; tudo muito intenso.Com passagem por diversas agências de publicidade do Rio de Janeiro, Marcelo mostra que é uma pessoa empreendedora e criativa. No livro, ele deixa que o leitor tire suas próprias conclusões sobre a influência da doença em sua vida. Marcelo ainda busca esta resposta, que pode ser a chave para o entendimento de diversos fatos. A fúria criativa é uma delas. O publicitário é responsável por projetos tão interessantes quanto inusitados.No ano de 1980, por exemplo, bastou descobrir que o nome do aguardadíssimo cometa Halley não havia sido registrado nem no Brasil nem nos EUA para que Marcelo imediatamente abandonasse a sólida carreira numa grande empresa para se aventurar a fazer do fenômeno a sua marca registrada. O seu cometa; megalomania, ingenuidade, inconsequência ou mero efeito da doença? Lembrando que estamos falando de alguém que ao ser avisado que o seu carro roubado estava estacionado em perfeito estado em frente a uma determinada casa em plena favela do Complexo do Alemão, não hesita: vai sorrateiramente até lá munido com a chave reserva trazer de volta o que lhe é de direito, claro. Estas e outras histórias inusitadas, tanto das crises quanto dos períodos de normalidade, estão aqui reunidas, para o leitor matar um pouco da curiosidade sobre como deve ser o comportamento de um bipolar. Ou, quem sabe, até se reconhecer.

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on 10/7/11


O autor tenta dar um ar mais leve a uma questão verdadeiramente séria. Sim, é uma autobiografia do autor. Ele descobriu que suas dificuldades em manter-se estável profissionalmente, bem como em relacionamentos, era devido ao fato de ter essa doença. Então ele narra algumas das situações em que percebeu, após o início do tratamento, que poderia ter sido por conta da doença que agiu daquela certa forma. Algumas histórias são até engraçadas e vejo que é assim que o autor pretende encarar ... leia mais

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Fabi
cadastrou em:
14/05/2010 18:20:32

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