Crônicas Para Ler na Escola

Às vezes, o assunto está nas entrelinhas das próprias notícias de jornal. Por outras, as ideias nascem de acontecimentos da vida do autor – como sua hilariante estreia na fila de idosos do Detran ou o nascimento de sua primeira neta, Alice –, mas sem jamais se tornarem meras histórias de sua vida cotidiana. Há também os textos que simplesmente nascem de sua observação da realidade, dotada de lucidez e ironia.
A informalidade empregada por Zuenir é uma das características mais marcantes em suas crônicas. Como observa a professora Maria Lajolo na apresentação, “é como se Zuenir trocasse de lugar com o leitor. [...] É como se ele abandonasse temporariamente seu lugar de escritor e se sentasse ao lado do leitor para puxar conversa: ‘Você não leu no jornal de ontem que...’”
Zuenir sabe fazer boas perguntas. Sendo um dos maiores jornalistas do Brasil, também sabe oferecer ótimas respostas, mas que nunca têm a pretensão de serem definitivas. Porque é pelo tom de conversa que ele cativa os leitores de suas crônicas. Seja qual for o assunto – tecnologia, burocracia, preconceito, literatura, praia, vida -, Zuenir sabe alcançar leitores de todas as idades e classes sociais.
A coleção Para ler na escola é focada na aproximação do público jovem com grandes nomes da literatura brasileira. Inspirada pelo best-seller Comédias para se ler na escola – do cronista e amigo pessoal de Zuenir, Luis Fernando Verissimo –, a série de livros conta com textos de autores renomados. Entre eles, estão os poemas de Mario Quintana e João Cabral de Melo Neto e as crônicas de Carlos Heitor Cony, João Ubaldo Ribeiro, Ruy Castro, Marcelo Rubens Paiva e Moacyr Scliar, entre outros.

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