"Este é um livro deveria existir despido. Sem capa. Nem contracapa. Numa tentativa de honrar o toque sublime de uma obra que não se restringe a faces. Contudo, uma sinopse vale a pena porque um bom leitor aprecia um bom convite — e, aliás, todo convite também é um aviso. As ilustrações vertem a poesia em forma, mas é na alma do autor que a poesia se fez prosa. Nas entrelinhas, há uma só história em algumas estórias protagonizadas pelo ubíquo escarlate da memória. Anjos e demônios se confundem. A lascívia escancarada realça uma humanidade que ignora a solidão. Na reflexão entre o céu e a terra, há um claro abismo escuro perpetuado por uma realidade que não merecia palavras — apenas sonhos. Por fim, o choro dos violinos completa uma orquestra de romances rasurados, versos controversos, dores e odores."
Por: Emilly Melo
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