"Tom Jobim e Vinícius de Moraes anunciam, no meio da tarde carioca, que vão fazer psicanálise. Descobre-se que um censor temido, Romero Lago, responsável, por dezessete anos, no Ministério da Justiça, pela liberação de filmes para os cinemas brasileiros, tratava-se, na verdade, de Ermelindo Ramirez Godoy, veterano impostor. Chico Buarque, em pleno assédio da roda viva, passa trotes pelo telefone de um bar do Leblon.
Estes são alguns dos acontecimentos e personagens reunidos e anotados por José Carlos Oliveira, junto à grande cena que fez de 1968, no Brasil e no exterior, um dos anos mais marcantes da segunda metade do século XX.
Em flagrantes do dia-a-dia, escritos às vezes na redação do jornal, quase simultaneamente aos fatos – fazendo o escritor se confessar sujeito a boatos mas interessado em pegar o clima – 1968 pode ser revisitado com extraordinária verossimilhança, diversidade de horizonte e riqueza de detalhes neste Diário da Patetocracia."
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