"Diário de Piscina" revela o funcionamento cotidiano das aulas de natação de Luís Capucho para recuperação de sequelas motoras ocasionadas por neurotoxoplasmose, adquirida por HIV. Os registros diários vão de julho do ano 2000 a abril de 2001. Ao irmos no ritmo da leitura, na repetição do cotidiano de quem aprende a nadar, a piscina se transforma em rio, córrego, lagoa, mar e é como se nadássemos juntos ao autor. É como se reaprendêssemos o nado, o andar, o ler e o escrever com a beleza dos parágrafos tocados de simplicidade e amor. A relação distante e, ao mesmo tempo, funda dos que frequentam socialmente a piscina, cada qual no impulso de seu próprio corpo navegando, corta a água e as páginas.
Mais que uma estória, “Diário da Piscina” é uma situação, um lugar de trânsito e, ao mesmo tempo, de permanência.
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