Quando Daniel Defoe publicou “Diário do ano da peste”, em 1722, tinha como motivação alertar seus conterrâneos. Atuando com intenso espírito jornalístico, Defoe orienta a como lidar com a calamidade, bem como as melhores medidas a serem adotadas para enfrentá-la. O escritor era apenas um menino quando a Grande Peste de 1665 atingiu Londres e matou aproximadamente 97 mil pessoas; no entanto, isso não foi empecilho para o autor da obra-prima “Robinson Crusoé” relatar, com capacidade espantosa e de modo vívido e minucioso, o importante momento histórico. E é de surpreender – quando nos deparamos com o trecho acima, por exemplo – o quanto aquele período se assemelha à nossa realidade, quase trezentos anos depois. Com tradução que busca equilibrar o novo e o arcaico, esta obra nos transporta a uma perspectiva única daquela época, constituindo-se também como um guia para ajudar a compreender o nosso tempo e, sobretudo, para que não cometamos os mesmos erros.
Literatura Estrangeira / Romance