No século XIX, a medicina que hoje conhecemos era apenas uma entre diversas formas de curar. O curandeirismo, sem o caráter pejorativo que o discurso médico vitorioso lhe imputou, incluía em si uma grande quantidade de saberes populares e agentes de cura, ligados à diferentes tradições e culturas. A partir da análise de fatos ocorridos no município de Santa Maria (RS) entre 1845 e 18880, foi possível compreender como se davam as relações entre população, cura e seus agentes neste período da história do Brasil.