Duas décadas de educomunicação

Duas décadas de educomunicação Cláudio Messias

Compartilhe


Duas décadas de educomunicação


Da crítica ao espetáculo




Resumo da dissertação: O modo como educadores, comunicadores e profissionais ou pesquisadores ad-vindos das mais variadas áreas do conhecimento concebem a Educomunicação nascida no espaço da pesquisa na Universidade de São Paulo é essencial para a legitimação desta nova área da ciência. São agentes que inter-relacionam os campos da comunicação e da educação, agem intervindo em espaços da educação formal, não-formal e informal, transformam sujeitos que estão em fase cognitiva e alteram realidades em uma sociedade permanentemente impactada pela tecnologia. A práxis de tais educomunicadores, quando analisada, mostra que este conhecimento constituído é, ao mesmo tempo, saber popular e saber científico. Ou seja, a Educomunicação anterior à fase de sua legitimação continua a ocorrer sem que seus fundamentos sejam atribuídos a parâmetros e paradigmas. Surgem, daí, outras nomenclaturas para o mesmo processo que reúne senso comum e saber científico. O ponto de referência para isso são as pesquisas desenvolvidas a partir do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da USP que reuniram, em dissertações e teses, conteúdo teórico basilar para que o conceito de Educomunicação fosse constituído, no final dos anos 1990, como campo científico emergente. Nos anos que se seguiram essas reflexões iniciadas na pesquisa empírica passaram a fazer parte de projetos desenvolvidos em quase todos os Estados brasileiros. Pesquisadores da inter-relação comunicação/educação relacionavam, assim, suas práticas à Educomunicação conceituada pela ECA/USP, transformavam tais experiências em relato científico e apresentavam o resultado em papers inscritos nos congressos nacionais anuais da Intercom. Esse movimento de adesão ao conceito provoca situações em que (1) as mais variadas experiências de produção midiática em escolas são atribuídas à Educomunicação e (2) práticas que correspondem aos preceitos do novo campo da Educomunicação conceituado pela USP são denominadas de outras maneiras por seus autores, como, por exemplo, comunicação/educação, mídia-educação, mídia educativa, educomídia, entre outros pseudônimos. O posto, contudo, de campo científico legitimado, com regras e tensões internas, próprias, é da Educomunicação, que em 2011 dá nome a dois cur-sos de graduação, na USP e na Universidade Federal de Campina Grande/PB. São conclusões de uma investigação científica edificada nos métodos qualitativos e quantitativos, resultado do debruçar sobre os bancos de dados (a) do Programa de Pós-graduação da ECA/USP, onde estão as dissertações e teses que focaram o objeto da inter-relação comunicação/educação, e (b) da Intercom, cujos congressos nacionais anuais reuniram o que foi produzido e atribuído à Educomunicação e outras nomenclaturas que concebem igual objeto. Isso tudo compreendido no espaço-tempo de duas décadas, desde os ensaios do conceito, suas críticas internas e externas, até o espetáculo da reprodução.

Edições (1)

ver mais
Duas décadas de educomunicação

Similares


Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.0 / 1
5
ranking 0
0%
4
ranking 100
100%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

0%

100%

Phanie_fb
cadastrou em:
26/08/2012 21:24:31

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR