Esta obra coloca-se como uma proposta de reflexão sobre este momento crucial de avanço da violência na sociedade brasileira. Nunca as teses de Theodor Adorno acerca da necessidade de desbarbarizar a sociedade pela educação foram tão atuais e pertinentes. Segundo o autor trata-se de uma condição para a sobrevivência da humanidade. (ADORNO, 1995).
Nestes tempos, em que a tecnologia avança rapidamente e pode ser usada para propagar a violência e perpetuá-la, esse desafio tornou-se bem maior e convoca-nos a buscar uma formação cultural pacífica e que promova a aceitação de diferenças, sejam elas raciais, sociais, sexuais ou outras.
Os textos aqui apresentados, embasados no pensamento da Escola de Frankfurt, dão um passo nesse caminho, abordando as relações entre violência e educação em suas diferentes facetas: a violência entre alunos, sobretudo o bullying e o cyberbullying, a violência contra professores praticada por alunos e pelo próprio sistema educacional e, provavelmente, a sua forma mais pungente: a violência tácita embutida nos procedimentos de acolhimento e tratamento de crianças e jovens em escolas, orfanatos e instituições de correção.
Essas questões, abordadas em diversos âmbitos, como educacional, social, psicológico e outros, são estudadas em suas raízes para que se encontrem soluções reais para tais problemas e se promovam ações de prevenção à violência.
Como diria Adorno, quem sabe, no futuro, emergirá uma consciência verdadeira como “democracia efetiva”, em meio às contradições políticas e culturais da realidade do nosso tempo.
Pedagogia / Psicologia