Morreu há muito a figura carinhosa da professora amiga que morava no coração dos pais e das crianças. A tia a ensinar vírgulas e tabuadas com amor de sobra e castigo na dose certa já faz parte da história. Professor é, hoje, doutrinador a apropriar-se do aparato educacional para promover uma agenda política e substituir a família no papel de educar.
O fenômeno remonta à queda do regime militar e representa, sem dúvida, o maior sucesso de estratégia gramsciana da história. Nasce da aliança das associações docentes com sindicatos e partidos de esquerda para confiscar a Constituinte no fim da década de 1980. Um momento de suma importância para entender os rumos do ensino, porque, entre barganhas e negociatas, a Carta Magna assentou os fundamentos de uma ditadura cultural que as vertentes de inspiração marxista chamam de “gestão democrática”.
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