Tornou-se vital conhecer o destino planetário que vivemos, interrogar o caos dos acontecimentos onde se misturam e interferem os processos económicos, políticos, sociais, nacionais, éticos, religiosos, mitológicos. Enfim, é necessário sabermos quem somos, o que nos acontece, o que nos ameaça, o que nos poderá esclarecer e, talvez, salvar. Ora, no momento em que o planeta tem, cada vez mais, necessidade de mentes aptas para analisar e resolver na sua complexidade os seus problemas fundamentais e globais, os sistemas de ensino, em todos os países, continuam a parcelar e a separar os conhecimentos que deveriam ser religados, continuam a formar mentes que apenas privilegiam uma única dimensão dos problemas, ocultando os outros. Assim, a nossa formação escolar e universitária continua a fazer de nós cegos políticos e impede-nos de assumir a nossa condição terrestre. Daí a urgência vital deste Educar para a Era Planetária.