Elegias de Duíno

Elegias de Duíno Rainer Maria Rilke


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Elegias de Duíno





Publicadas originalmente em 1951, em edição especial do bibliófilo José Mindlin, estas traduções das Elegias de Duíno (1912-1922), feitas pela poeta Dora Ferreira da Silva, viriam a se constituir em um patrimônio cultural da poesia alemã no Brasil. Seguindo a tradição de poetas tradutores que se dedicaram às Elegias de Rilke, como Stephen Spender e mais recentemente Edward Snow, Dora Ferreira da Silva soube transpor para o português a atmosfera do desamparo existencial, de uma religiosidade peculiar (Frömmigkeit, piedade, devoção, humildade) e da busca de uma afinidade com a natureza destes que são dez dos poemas mais célebres do século XX.

Acompanhadas de comentários tanto biográficos como textuais da tradutora, nesta edição bilíngue, as Elegias podem ser lidas como um testemunho de uma grande crise espiritual pressentida pelo “cidadão da Europa intelectual”, como Paul Valéry o chamava.

Nas palavras da tradutora: “Eu vi que Rilke era muito mais um poeta do que qualquer outra coisa. Sinceramente, aprendi alemão para ler Rilke. Há um mistério no som das palavras que eu não sei explicar. Ele criou um idioma dentro do alemão. Há expressões de Rilke que o alemão comum não compreende. Meu encontro com Rilke foi uma paixão fulminante. Rilke estava no castelo de Duíno, e um dia sentou-se encostado a uma árvore, e, de repente, sentiu-se num devaneio, ausentou-se de si, e começou a sentir uma circulação entre ele e a árvore, isto é, uma participação mística. A vida e a morte, para ele, estão numa eterna circulação, e ele, talvez por um problema um pouco mórbido, é atraído demasiadamente para a morte.

Em uma carta de 1921, a Ilse Blumenthal-Weiss, Rilke nos dá uma chave para estas Elegias: “A religião é algo de infinitamente simples, ingênuo. Não é um saber, um conteúdo sentimental, não é dever nem renúncia, não é uma limitação: mas, sim, na amplitude perfeita do universo, é: uma tendência do coração”.

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Os dez poemas do livro são de difícil compreensão em muitas partes, pois é necessário saber da vida do autor e suas experiências para conseguir entender o que ele quis dizer. Felizmente, cada elegia ganhou comentários no final do livro, que ajudaram e muito a saber do que Rilke tratava em seus versos, cheios de melancolia, morte, existencialismo, religiosidade e solidão, mas também de positividade e entusiasmo, a depender do momento vivido pelo autor.... leia mais

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