Terceiro presidente da ditadura militar, Emílio Garrastazu Médici assumiu em outubro de 1969. Diante das incertezas relacionadas à súbita interrupção do mandato de Costa e Silva, à legitimidade da Junta Militar e ao enfrentamento da luta armada, a firmeza de Médici era vista com bons olhos pela maioria dos generais. Amigo de Costa e Silva, ele ajudaria a apaziguar as disputas de poder entre oficiais das Forças Armadas e, sobretudo, seria implacável com a “contrarrevolução”, como se referia à guerrilha urbana.
Primeiro presidente a governar o tempo todo tendo ao seu dispor as regras de exceção do AI-5, decretado em dezembro de 1968, Médici praticamente liquidou os grupos de luta armada, com uma política que lançava mão de assassinatos e da tortura. Na época, a sociedade, em grande parte, não tinha pleno conhecimento do que acontecia nos chamados porões da repressão, uma vez que a imprensa se encontrava sob rigorosa censura.
A euforia pela conquista da Copa do Mundo de 1970 foi reforçada pela vigorosa expansão da economia. Seu governo promoveu um crescimento sem precedentes na história brasileira, com grandes investimentos na modernização da infraestrutura. O clima de exaltação foi tão grande que a propaganda governista falava em “milagre econômico”.
História do Brasil