Enquanto houver champanhe, há esperança

Enquanto houver champanhe, há esperança Joaquim Ferreira dos Santos


Compartilhe


Enquanto houver champanhe, há esperança


Uma biografia de Zózimo Barrozo do Amaral




“No fundo, Zózimo foi um verdadeiro anarquista, um Groucho Marx, que observava com elegante desdém o grand monde que circulava em sua coluna. Ele sabia aproveitar o que esse mundo tinha de gostoso, no sentido do tato e do paladar, mas não o reverenciava, não era seu escravo, não era um devoto.”
Ricardo Boechat

Por quase trinta anos, entre 1969 e 1997, a sociedade brasileira foi desnudada pela escrita espirituosa do jornalista Zózimo Barrozo do Amaral em sua coluna diária no Jornal do Brasil e depois em O Globo. Muito além dos registros sociais, ele oferecia um noticiário que flertava com a economia, a política e o esporte (sua paixão), em um estilo elegante e sem qualquer cerimônia.
Fez muitos amigos, ganhou uns poucos desafetos e chegou a ser preso duas vezes durante o regime militar. Joaquim Ferreira dos Santos reconstitui toda a trajetória do colunista, desde sua infância, no bairro carioca do Jardim Botânico, passando por seu começo de carreira quase acidental no jornalismo, até conquistar uma coluna assinada no Jornal do Brasil, aos vinte e sete anos. Ao seguir a trilha aberta por pioneiros como Álvaro Americano, Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued, ele fez escola.
Enquanto se tornava a mais respeitada grife do colunismo no país, Zózimo registrava nas páginas dos jornais as imensas mudanças ocorridas na elite carioca. As festas saíram dos salões dos grã-finos e instalaram-se em casas noturnas como o Regine’s e o Hippopotamus. A animação movida pelo champã ganhou aditivos como a cocaína.
Ao mesmo tempo que retratava o agito social, Zózimo enfrentava os próprios demônios. Viveu amores, momentos de turbulência familiar e sérias questões de saúde. Mas até o final foi um homem apaixonado pela vida, como ele gostava de dizer: “Enquanto houver champanhe, há esperança.”

Biografia, Autobiografia, Memórias / Literatura Brasileira

Edições (1)

ver mais
Enquanto houver champanhe, há esperança

Similares

(3) ver mais
Entre Duas Fileiras
O Rei da Roleta
A noite do meu bem: A história e as histórias do samba-canção

Resenhas para Enquanto houver champanhe, há esperança (6)

ver mais
Borogodó "comme il faut'.
on 5/12/23


Biografia do jornalista/colunista que foi muito além do colunismo social. Com detalhes deliciosos de ler, um passeio por um RJ dos anos 1960 até meados dos anos 1990. Mais do que simplesmente registrar jantares, batizados e casamentos do ‘grand monde’, Zózimo frequentava a elite empresarial, política e intelectual para noticiar os bastidores da vida do País. Assim como Millôr Fernandes, a certa altura Zózimo começou a cunhar frases, tais como: • Quem pensa em dinheiro não ganh... leia mais

Estatísticas

Desejam22
Trocam5
Avaliações 4.0 / 32
5
ranking 44
44%
4
ranking 38
38%
3
ranking 13
13%
2
ranking 6
6%
1
ranking 0
0%

46%

54%

Carolyne.Goethe
cadastrou em:
26/09/2016 18:46:03
Pri Paiva
editou em:
18/11/2016 13:40:30
Pri Paiva
aprovou em:
18/11/2016 13:40:55

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR