O paraibano Epitácio Pessoa foi escolhido pelas oligarquias agrárias para comandar o país na virada da segunda década do século XX, época em que o Brasil vivia uma transição, marcada pelo surgimento de novos atores sociais, políticos e econômicos.
Respeitado por seus pares, Pessoa tinha predicados para o desafio. Advogado, deputado constituinte, ministro da Justiça, ministro do Supremo Tribunal Federal, procurador-geral da República – o currículo apontava para o êxito do homem nascido em Umbuzeiro, na Paraíba. Mas a experiência pessoal não seria suficiente para fazer frente ao turbilhão que tomaria conta do país.
Coube a esse homem público a missão de levar adiante o velho sistema oligárquico. Tarefa delicada em cenário de metamorfose política, social e cultural. No último ano de seu mandato, em 1922, houve a Semana de Arte Moderna, em fevereiro, a Revolta do Forte de Copacabana, em julho, e a transmissão da presidência com o país sob estado de sítio, em novembro. Apesar das qualidades de Epitácio Pessoa, um novo modelo pedia passagem.
História do Brasil