(LIVRAÇO! Crime e paixão unidos!) Suzana Flag é Nelson Rodrigues. Era esse o pseudônimo com que Nelson assinava os folhetins que escrevia para os jornais de Assis Chateaubriand nos anos 40. O folhetim era a novela de TV do passado. E, a exemplo desta, contava uma mirabolante história de amor que prendia o público durante meses. O primeiro deles, Meu Destino é Pecar, de 1944, fez tanto sucesso que a "autora" se tornou uma celebridade nacional. Poucos sabiam que Suzana era Nelson, - para as pessoas, ela existia de verdade. Escravas do Amor, daquele mesmo ano, foi o segundo que Suzana Flag publicou. Assim que a história terminou, no jornal, saiu uma edição em livro, hoje artigo de colecionadores.
Esta é a sua segunda edição, 57 anos depois. É uma das narrativas mais delirantes, de Nelson, com trama e paixão em estado puro, ação incessante, um clímax depois do outro e - hoje, mais ainda - um delicioso sabor de época.
A história começa com um crime a portas fechadas. Ricardo, noivo da bem-nascida Maria Luísa Maia (Malu), vem pedir-lhe a mão. Antes, tranca-se com a moça numa sala. Pouco depois, aparece morto. Crime? Suicídio? A mãe de Malu confessa ter sido cortejada por Ricardo antes de ele conhecer a filha. Ao mesmo tempo, Glorinha, amante do pai de Malu, chega ao casarão dos Maias disposta a fazer escândalo.
Isso tudo logo nas primeiras páginas. E o enredo segue mirabolante. Faria corar Glória Perez e Aguinaldo Silva. Alguns recursos: ataque de onça, velho judeu que mora num castelo e tem cicatriz no rosto, punhal com ponta envenenada, hipnotismo, troca de bebês, passagens secretas, herói rico que se faz passar por pobre.
Crime / Ficção / Literatura Brasileira / Romance / Suspense e Mistério