Escrever, de Marguerite Duras, foi publicado em setembro de 1993, apenas dois anos e meio antes de sua morte aos 82 anos. Este livro, cujo cerne é o gesto da escrita e os horizontes de sua linguagem, pode ser considerado, portanto, um dos testamentos literários da autora. O livro é composto de 5 ensaios independentes: Escrever, que dá título ao livro, é o primeiro deles e também o mais marcante, pois Duras entrega confidências sobre seu trabalho e seus amores, sobre a infância e, sobretudo, sobre a solidão e as angústias que permeiam a criação literária: “Escrever. Não posso. Ninguém pode. É preciso dizer: não podemos. E escrevemos.” Os outros ensaios são: A morte do jovem aviador inglês, Roma, O número puro e A exposição da pintura. O conjunto, que parece trazer elementos díspares, oferece, ao contrário, as várias facetas de um mesmo diamante. A edição brasileira conta com tradução de Luciene Guimarães de Oliveira e prefácio de Julie Beaulieu, especialista na obra da autora e membro da Société Internationale de Marguerite Duras – França.
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