No início de 1872, ano das conferências sobre o futuro de nossos estabelecimentos de ensino, ele acaba de completar 27 anos. É também o ano de sua primeira é fundamental obra O nascimento da tragédia. O professor de filologia clássica da Basiléia embebido de classicismo regenerador- sonhava com uma educação que formasse (Bildung) e não apenas profissionalizasse. Pensava em uma cultura ligada à vida e não em artefatos eruditos que servissem a um mesquinho pragmatismo. Os textos deste livros são: Schopenhauer como educador (1874), a terceira consideração é temporária, a noção de guia, de ideal exemplar percorre as exigentes páginas de um ensaio perturbador. Se "viver significa estar em perigo", não é menos verdade que uma voz que "nos inspire respeito e admiração" pode nos guiar na via da verdadeira cultura. Conclamações para um classicismo ligado à vida, manifestos contra a erudição estéril, os textos do Nietzsche critica veementemente o tecnicismo do século XIX bem como sua mediocrização.
Nelson L. Rodrigues
Educação / Filosofia