"Mas não pode haver pena alguma dos que escolhem a servidão sem colher nenhum espanto"
Espanto é um livro com cerca de 30 poemas. A sua poética busca espantar, como que afugentando os leitores de seu bem-estar, deslocando-os internamente de suas confortáveis acomodações, ao mesmo tempo em que os espanta por meio da descoberta de novidades naquilo que sempre cercou as suas atividades. A vida é imersa no cotidiano, não há espaços para vislumbres e sonhos. Os acontecimentos nos atravessam como repetições monótonas e infrutíferas. É assim que a queda de Ícaro o homem que almejava alcançar o sol é representada na tela de Brueghel, como mais um elemento sob o império do cotidiano a marchar para o hábito.
Poemas, poesias