Uma ÉTICA da psicanálise centrada no Real não encontra, depois de Lacan, nenhum fundamento para mais que o VAZIO de sua instauração. A não ser que, desde esse lugar, uma impossível transcendência nem por isso deixe de hiper-determinar a sua causação: donde o conceito de REVIRÃO, uma vez postulada a catoptria do Real.
Do que decorre que os a priori do Espaço e do Tempo devem exigir da Psicanálise uma Estética Transcendental (uma energética como queria Lacan?) - a qual não há sem vínculo com aquela ética assim proposta. Donde uma EST'ÉTICA a de decantar nalguma possibilidade de Juízo que, por não ser kantiano, requeira o Foraclusivo (Urteilsverwerfung) de Freud.
Este volume, que transcreve o Seminário de 1989 do autor, é seu começo nessa perquirição.