Euclides Socialista

Euclides Socialista Euclides da Cunha


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Euclides Socialista


Obras Esquecidas




Quem diria que Euclides da Cunha, o mais renomado intelectual militar do Brasil, era um socialista? Assim como Lima Barreto, Oswald de Andrade, Tarsila Amaral e outros grandes literatos brasileiros, Euclides também teve sua militância política apagada da história.

Poucos sabem, mas o autor do clássico Os Sertões foi preso e expulso do Exército, em 1888, por um ato de rebeldia ao quebrar seu sabre numa cerimônia com o ministro da Guerra do Império, Tomás Coelho. Após esse ocorrido, o ex-militar largou a farda e se envolveu com ideias mais iconoclastas, passando a assinar seus artigos e crônicas no jornal A Província de São Paulo, antigo Estadão, com o pseudônimo do anarquista Joseph-Pierre Proudhon, a quem se referia como um dos pensadores mais originais de seu tempo.

Dois anos depois de ter publicado sua obra mais renomada, em 1904, Euclides começa a defender o legado intelectual do comunista alemão Karl Marx, “este inflexível adversário de Proudhon”, quando lembra, num artigo histórico, que: “o caráter revolucionário do socialismo está apenas no seu programa radical. Revolução: transformação. Para conseguir, basta-lhe erguer a consciência do proletário (…) Porque a revolução não é um meio, é um fim; embora, às vezes, lhe seja um meio termo, a revolta. Mas esta sem a forma dramática e ruidosa de outrora. As festas do primeiro de maio são, quanto a este último ponto, bem expressivas. Para abalar a terra inteira, basta que a grande legião em marcha pratique um ato simplíssimo: cruzar os braços… Porque o seu triunfo é inevitável”.

“Euclides da Cunha, com os seus olhos de brasileiro profeticamente voltados à Amazônia e com suas preocupações de socialista enjoado com as misérias da exploração capitalista.”
— Gilberto Freyre

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O resgate de uma militância política apagada
on 18/2/20


Esse livro resgata alguns dos artigos escritos por Euclides da Cunha - autor de "Os sertões" - em que o autor deixa claro seu posicionamento político frente ao mundo. Este livro se torna essencial para a compreensão dos próprios sertões, uma vez que a obra celebre do autor foi apropriada e resignificação inúmeras vezes no decorrer da história. Pela própria estrutura dividida de os sertões entre terra, homem e luta, a expressão da ironia e da crítica social expressa por Euclides não f... leia mais

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Priscila.Vaisman
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22/07/2019 14:26:56

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