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Diálogos Platão


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Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon




Muito embora os presentes diálogos aqui reunidos (Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton e Fédon) não sejam pertinentes, segundo classificações mais aceitas, isto é, as de Hermann, Zeller e Schleiermacher, ao mesmo período de produção, são entretanto ligados entre si pela temática.

Nos Diálogos de Platão exercita-se a maiêutica ou parturição das idéias, que é o método socrático para a busca da verdade. Sócrates é o condutor dos diálogos e através de suas indagações leva o interlocutor a "dar a luz" ao conhecimento sobre as mais diversas matérias. Para Sócrates a verdade encontra-se latente em todos os homens e não é um patrimônio, privilégio ou mesmo uma descoberta do homem sábio. E mediante o autoconhecimento possibilitado pela maiêutica que a verdade é instaurada.

Em Eutífron investiga-se a verdade sobre a religiosidade, em Críton persegue-se a verdade acerca do dever, em Fédon procura-se a verdade ou conhecimento da alma. Na Apologia de Sócrates (acompanhada nesta edição do texto em grego), Platão nos apresenta seu próprio mestre Sócrates defendendo-se das graves acusações que o condenaram à morte pela cicuta, entre elas a corrupção dos jovens, o desacato às leis e a não-submissão aos deuses.

O paradoxo sublime da auto-defesa de Sócrates é esta visar a sobrevivência e soberania dos princípios do filósofo e não sua absolvição, safando-se ele da pena de morte. Sócrates e Platão viveram o período áureo da civilização grega antiga, sob o império de Péricles, com a prática da plena democracia em fase de intenso desenvolvimento das Cidades-Estados gregas após a vitória sobre os persas. Arte e filosofia floresciam simultaneamente. Referimo-nos ao séc. IV a.C. Os Diálogos, que compõem a seleção feita neste volume, foram escritos por Platão numa época em que Atenas se destacava no mundo grego, seguindo-se a um período de grandes sacrifícios e empenhos ligados à dura guerra entretida contra os persas.

O próprio Sócrates participara dessa guerra. Diferentemente de seu discípulo Platão, herdeiro da aristocracia ateniense, Sócrates não contava com a ascendência nobre e não pertencia aos círculos aristocráticos. Teria chegado, já na juventude, ao convívio dos ricos e poderosos, salientado-se nas discussões políticas, provavelmente graças à intermediação de Arquelau, discípulo de Anaxágoras.

Observação: Nesta edição com o texto em grego de Apologia de Sócrates.

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Resenhas para Diálogos (13)

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Sócrates, igualmente irritante e sábio.
on 16/8/21


Em um dos diálogos aporéticos de Platão, vemos Sócrates, prestes a enfrentar seu julgamento, encontrando Eutífron, que ia acusar o pai de assassinato (ação que na época poderia ser mais grave e desonrosa que o próprio assassinato). Sócrates questiona "Diga, então, o que você diz que é o piedoso e o ímpio?" e Eutífron procura estabelecer uma relação entre o que supostamente seria piedoso/certo e aquilo caro aos deuses. Sócrates segue, da maneira mais debochada que Platão fazia, apontan... leia mais

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Jesner
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kaloskagathos
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