O desenvolvimento da estrutura urbana do Rio de Janeiro, desde o início do século XIX até o momento atual, amplamente ilustrado e relacionando a cada instante a organização interna da cidade com os processos econômicos, sociais e políticos que impulsionaram o país neste período.
Sem descuidar dos vários agentes modeladores do espaço, Mauricio Abreu dá especial atenção ao papel desempenhado pelo Estado. Partindo da premissa de que a estrutura do Rio de Janeiro se caracteriza pela tendência a um modelo segregador do tipo núcleo/periferia – ricos/pobres, ele se baseia em dois pressupostos: a aliança do Estado com diferentes unidades do capital, expressando seus interesses, e a relação direta entre certas políticas públicas e a crescente estratificação social do espaço na cidade.