Alimentado por um modelo penitenciário falido, pela omissão ou incompetência das autoridades e pela ousadia dos que nada têm a perder, o crime organizado vicejou no Rio Grande do Sul nas últimas décadas, levando pânico à população e transformando estabelecimentos prisionais em sucursais do inferno e base de operações da Falange Gaúcha. A guerra pelo controle das ações criminosas, em especial do tráfico de drogas e dos assaltos a bancos e carros-fortes, traduziu-se em derramamento de sangue dentro e fora dos presídios, motins, sequestros, perseguições cinematográficas, traições e vinganças. E, apesar de sucessivas promessas, o Presídio Central, palco principal desses acontecimentos, continua de pé, com sua superlotação e absoluta falta de condições. Foi para contar e mapear tal realidade que o jornalista Renato Dornelles reuniu neste livro-reportagem farto material, fruto de pesquisas, de observações e de cobertura jornalística.
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