Com este volume Sarah Pomeroy explora a base que ela trabalhou em Xenophonte Oeconomicus: um Comentário Social e Histórico (Oxford, 1994) e fornece o primeiro estudo abrangente da família grega. O conhecimento da família e grupos de famílias é fundamental à compreensão do desenvolvimento da construção política e legal do pólis, uma comunidade de oikoi ('famílias' ou 'casas') e não de cidadãos individuais. Pomeroy oferece um estudo altamente original e respeitável da família grega como uma unidade social produtiva e reprodutiva em Atenas e em outros lugares durante os períodos clássico e helenístico, utilizando-se de documentação literária, inscritucional, de evidências arqueológicas, antropológicas, e da histórica de arte. Apesar do interesse academico incansável no desenvolvimento do polis, até existe pouquíssima atenção prestada à história e estrutura do seu comitente menor, o oikos. Pomeroy procura mostrar que o oikos grego teve várias versões: um grupo de pseudo-famílias restringidos a cidadãos masculinos; um grupo de famílias variado orientado em direção ao público, no qual os homens predominaram; e um grupo de famílias de uma natureza mais privada que acomodou mulheres a uma maior extensão, embora sem necessariamente excluir homens. A legislação pública e o costume privado acabaram por perpetuar o oikoi, esperando-o durar mais do que o tempo de vida de qualquer membro individual e carregar cargas econômicas e sociais impostas pelo estado.