[Colecção Livro B — 47] (...) até fins do séc. XVIII não deixaram de publicar-se novas versões da famosa lenda [do Dr. Fausto]: Göethe, segundo conta, teria lido na sua juventude uma espécie de folhetins que corriam por toda a Alemanha, e onde a lenda havia atingido o máximo de vulgarização. (...) Quando, aos vinte anos, Gérard de Nerval traduziu o Fausto estava longe de conhecer perfeitamente o alemão (...) essa literatura alemã na qual se foi iniciando por etapas, e que acabou por agir nele em profundidade, oferecendo-lhe temas e esquemas de pensamento (...) A «via alemã» representa para Nerval a exploração do universo da alegoria, do sonho e do símbolo, das camadas subterrâneas da consciência, da descida ao fundo de si mesmo. (In: Nerval par lui-même, de Raymond Jean, Ed. de Seuil, 1964).
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