Parafraseando Fernando Pessoa (1888-1935) – plural poeta que também sorveu do vinho de Khayyam (cf. FEITOSA, Márcia Manir Miguel, Fernando Pessoa e Omar Khayyam: o ruba’iyat na poesia portuguesa do século XX. São Paulo: Giordano, 1998) -, posso enunciar: tudo vale a pena, se a poesia nos envenena. O ser humano, vítima do fado, está fora do sistema dogmático do bem e do mal. Resta-lhe beber o delicioso vinho cor de púrpura, deleitar-se em alegre e amigável companhia, no momento que passa, antes de voltar a ser pó.