Festa no covil

Festa no covil Juan Pablo Villalobos


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Festa no covil





Uma das maiores revelações das letras mexicanas, Villalobos mostra, neste livro, as entranhas do narcotráfico mexicano pelos olhos do filho de um chefão da droga. Rimando humor e horror, o garoto narra sua educação sentimental enquanto investiga o absurdo da realidade pela lente do nonsense infantil.

O romance de estreia de Juan Pablo Villalobos é surpreendente em muitos sentidos. Breve e incisivo ao revelar a face mais violenta da realidade (não apenas) mexicana sob uma ótica insólita, entra no cânone da narcoliteratura sem ceder aos tiques próprios do subgênero.

Em Festa no covil, a vida íntima de um poderoso chefe do narcotráfico - Yolcault, ou "El Rey" - é narrada pelo filho. Garoto de idade indefinida, curioso e inteligente, o pequeno herói, que vive trancado num "palácio" sem saber a verdade sobre o pai, reconta sem filtros morais o que presencia ou conhece pela boca dos empregados ou pela tevê. Seu passatempo é investigar secretamente os mistérios que entrevê, colecionar chapéus e palavras difíceis e pesquisar sobre samurais, reis da França e animais em extinção, sempre com o auxílio de seu preceptor - um escritor fracassado egresso da esquerda.

Esse pequeno príncipe, tão mimado quanto privado de infância, tem um desejo obsessivo: completar seu minizoológico particular com o raríssimo hipopótamo anão da Libéria. Reveses nos negócios paternos e a conveniência de o grupo abandonar o México por um tempo acabam tornando realidade o safári para capturar o tal hipopótamo em risco de extinção.

A viagem à África com seus percalços e o regresso ao "palácio" constituem a grande iniciação do narrador-protagonista, a quem só na última linha é dado chamar o pai de "pai".

Festa no covil é surpreendente também no seu percurso editorial: seus originais chegaram à editora espanhola Anagrama sem as indicações de praxe nem a chancela de concursos literários, caindo nas graças de Jorge Herralde, o mais respeitado editor do mundo hispânico. Publicado em junho de 2010, logo começou a receber os mais veementes elogios dos principais suplementos e revistas culturais de ambos os lados do Atlântico.

É o 1º livro da trilogia mexicana, formada por Festa no covil (2012), Se vivêssemos em um lugar normal (2013) e Te vendo um cachorro (2015).

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

Edições (1)

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Resenhas para Festa no covil (175)

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Festa no Covil - Juan Pablo Villalobos
on 17/4/12


Sórdido, nefasto, pulcro, patético e fulminante. Não, não são palavras que descrevem o livro, são apenas palavras muito utilizadas pelo garoto precoce, que vive em um ambiente nada convencional, lê o dicionário antes de dormir, e que mesmo assim, se permite ter sonhos de criança (e desejar ardentemente um hipopótamo anão da Libéria). Tochtli vive no México, em um palácio, e sabe que tem muito dinheiro. Filho de um traficante, tem pouca convivência com outras pessoas. Pelas suas conta... leia mais

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Felipe
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08/02/2012 00:29:07
Jenifer
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01/05/2022 12:30:12