Em 'Ficções de um gabinete ocidental', o autor demonstra sua afinidade com os antigos 'homens de gabinete'. Em épocas passadas, eles tinham lugar de destaque entre os intelectuais. Dicionarizada em fins do século XVI, a palavra gabinete tinha a ver com as salas de estudo onde se abrigavam humanistas. Cercados por livros, raridades de toda a sorte e uma luneta apontada para o firmamento, especialistas na literatura greco-latina e na filosofia que valorizavam o espírito humano lutavam contra o obscurantismo.