Desde seu surgimento nos pesadelos da autora Mary Shelley até sua consolidação como um dos maiores ícones da cultura popular, a criatura de Frankenstein percorreu uma longa trajetória, impusionada por adaptações e paródias.
A cada aparição, algumas de suas principais facetas eram destacadas: sua monstruosidade, sua força descomunal, o caráter blasfemo de sua criação, sua inadequação social, sua revolta contra aquele que o criou...
Nessas versões, entretanto, quase nada restava da real complexidade desse personagem clássico, empurrado involutariamente para o mal e atormentado por perceber-se rejeitado por um mundo no qual fora bruscamente abandonado.
São esses os detalhes que ressurgem em toda a sua riqueza nesta HQ. Aqui, o texto adaptado por Sergio A. Sierra se integra perfeitamente às ilustrações estilizadas de Meritxell Ribas, numa abordagem que homenageia e faz jus a esse romance macabro, filosófico e imortal.