Galo das trevas

Galo das trevas Pedro Nava


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Galo das trevas





Estilista consumado, dono de um fraseado em que mescla, a um só tempo, a observação irônica, a viagem sentimental, o detalhismo sensorial e a musicalidade de alguém que leu atentamente Machado, Proust e os modernistas, Pedro Nava faz deste Galo das trevas mais um monumento definitivo de nossa prosa memorialista. Poucas páginas em língua portuguesa descrevem com tanta beleza e inteligência as noites em claro, não raras vezes desesperadoras, provocadas pela insônia, essa satânica inimiga do descanso do corpo e dos sentidos.
E Nava vai além: como nos volumes anteriores das Memórias, este é mais um passeio pela trajetória do autor e pela própria história do Brasil. Uma narrativa em que público e privado, campo e cidade, ignorância e ilustração, pobreza e opulência se misturam, produzindo um painel amplo e fecundo de nossa vida íntima e social.
Dividido em duas seções, “Negro” e “O branco e marrom”, Galo das trevas foi escrito entre 1978 e 1980, quando o autor, já consagrado pelos quatro volumes anteriores, dava pleno prosseguimento ao seu projeto literário, um dos mais ambiciosos de nossas letras. Acompanhamos nessas páginas o balanço autobiográfico, as observações (atiladas, como de costume) sobre o presente do país, a narrativa - esclarecedora sobre um Brasil do passado - a partir de suas desventuras como médico nos grotões do mundo rural, ainda intocado pela modernidade, e lampejos sobre a Revolução de 30, que deixaria marcas indeléveis em sua geração. Por essas razões, o ciclo memorialístico de Pedro Nava vem sendo saudado, desde seu aparecimento há quarenta anos, como um dos mais poderosos momentos da prosa e da sensibilidade brasileiras.

Literatura Brasileira

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Nava vive
on 4/10/09


Maio é mês das mães, de Maria, das noivas. Maio é o mês de Nava. No último dia 13, completaram-se 26 anos da morte do Dr. Pedro da Silva Nava. Na noite de domingo de 13/05/1984, Nava trabalhava em seu sétimo livro de memórias, quando recebeu um telefonema. Atendeu, nada falou, só ouviu. O quê ? Até hoje não se sabe. O fato é que Dr. Nava , enquanto sua esposa tomava banho, desceu à rua armado, procurou um banco de praça no bairro da Glória, onde morava no Rio de Janeiro, e, com as mãos... leia mais

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Yasmin
cadastrou em:
04/02/2014 14:23:39

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