«Gente Pobre» marca a estreia de Dostoiévski na literatura, em 1846, e estabelece desde logo os fundamentos para uma abordagem social, psicológica e profundamente corrosiva da compreensão humana. A análise pormenorizada das personagens e suas convicções, enquadradas por um pano de fundo de crítica subtil, ganha em Dostoiévski uma força e um poder imagéticos que extravasam as páginas dos seus livros. Em «Gente Pobre», o autor transporta-nos para um dos bairros mais miseráveis de São Petersburgo, onde um funcionário de meia-idade troca correspondência com uma jovem costureira. Demasiado pobres para se casarem, o seu amor passa todo e apenas por cartas mantidas ao longo do tempo, que refletem a cruel realidade do dia a dia passado num ambiente de extrema precariedade.
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance
Gente Pobre é primeiro romance de Dostoiévski e como todo gênio, seja o primeiro livro ou o último todos são bons. Mesmo sendo epistolar, conseguimos nos transportar para o cotidiano dos miseráveis, dos pobres, dos humildes em seu dia-a-dia na antiga São Petersburgo. O livro tem poucas páginas, mas com muito conteúdo, principalmente sobre a pobreza que sempre é acompanhada com doenças. Makar e Varvara, os dois personagens principais, tem em comum o bullying. ... leia mais