Estou escuro. No lençol-embalagem. Na palavra-cápsula das horas: tic. tac. Que é a mesma e não é, como os gatos. E como as pessoas. tic. tac. A vida passando indiferente, desconhecendo pedidos de pressa e pausa. A marcha tic da vida tac seguindo tic constante, tac alheia tic e páli tac da. Imperturbável. Estou pó e a vida vai atravessando com um cortejo infinito, varrendo cegamente o que eu tentava colar.
Contos / Crônicas / Poemas, poesias