Guia de Queixumes, de Luís Matheus Brito (Aracaju, 1994), propõe ludibriar o leitor: quanto à formação de um corpo — às vezes, um corpo não humano — e às perdas afetivas. O livro contém poemas que também fortalecem a dualidade, na medida em que soam fajutos e genuínos. Não há pacto com a verossimilhança, exceto com o declive. Com primeira parte, interlúdio, segunda parte e desfecho, o guia explora o espaço, incorpora imagens e interpela a si mesmo: afinal, ele é uniforme — artificioso — lacunar? Nele, o que impera é a língua ao avesso ou, de outra maneira, a língua cortada. Os acidentes modulam o livro.
Poemas, poesias