Há quem prefira urtigas

Há quem prefira urtigas Junichiro Tanizaki


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Há quem prefira urtigas





No Japão da década de 1920, uma rede de relações amorosas põe em cena um confronto geracional e de costumes. Misako e Kaname decidem se separar, mas por alguma estranha razão não conseguem pôr fim ao próprio casamento. O romance apresenta os intrincados dilemas de duas maneiras de amar: aquela da tradição japonesa e a da nova geração ocidentalizada.

Misako e Kaname deixaram de sentir atração física um pelo outro, mas não conseguem se separar definitivamente. O episódio, que tem relação com a biografia de Junichiro Tanizaki (o autor passou por situação similar ao se divorciar amistosamente da primeira esposa, em 1930), é o mote para esse romance sobre as relações amorosas do Japão moderno.

O casal decide estabelecer uma série de regras de comportamento afetivo, com a convicção de que, com o tempo, elas possibilitariam uma separação definitiva. Essa ruptura calculada, acredita Kaname, vai lhe proporcionar mais tempo para visitar a prostituta Louise, cuja existência a mulher ignora. Misako, por sua vez, pretende refazer a vida ao lado de Aso, seu amante.

Já o velho pai de Misako, amante do tradicional teatro de bonecos bunraku, vive com a concubina Ohisa, uma mulher submissa, trinta anos mais jovem. Misako, Louise e Ohisa, as mulheres que protagonizam o romance, representam três tipos de comportamento que configuram um choque de culturas que é também um choque de gerações. Seguindo um procedimento moral moderno, Misako tenta equacionar o casamento com uma relação extra-conjugal. Louise almeja largar a vida humilhante e vergonhosa de prostituta aproveitando-se da paixão de Kaname, seu cliente predileto. Ohisa, por sua vez, segue a tradição das gueixas e se dedica a satisfazer os desejos do ancião.

Ambientado no Japão da década de 1920, Há quem prefira urtigas apresenta os dilemas de duas maneiras de amar: aquela da tradição japonesa e a da nova geração ocidentalizada.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

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