Happycracia

Happycracia Edgar Cabanas...


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Happycracia (Exit)


Fabricando cidadãos felizes




Nesta análise provocativa, o psicólogo Edgar Cabanas e a socióloga Eva Illouz traçam a gênese e o desenvolvimento do campo da "psicologia positiva", responsável pela ideia de que a felicidade é o maior objetivo da vida e que basta força de vontade para alcançá-lo. Os autores revelam a ideologia por trás do sucesso financeiro e midiático dessa tendência pseudocientífica.

Felicidade passou a ser sinônimo de "uma atitude passível de ser engendrada pela força de vontade; resultado do treino de nossa força interior e nosso eu autêntico; única meta que faz a vida valer a pena; o padrão pelo qual devemos medir o valor de nossa biografia, o tamanho de nossos sucessos e fracassos, e a magnitude de nosso desenvolvimento psíquico e emocional". Qual a origem dessa noção de felicidade? Como ela é sustentada, e por quem? Em nome de que é defendida? E, finalmente, quais as consequências da defesa de tal noção? Mais que um valor, um sentimento ou uma forma de avaliar um percurso de vida, a felicidade torna-se uma cultura que transforma cada pessoa em uma empresa autogerida, orientada para a maximização de ganhos.

Nesta crítica enérgica, os autores deixam claro que a linguagem neoliberal empregada por aqueles que prometem mostrar o "caminho das pedras" para a felicidade não descreve uma associação metafórica entre a cultura da felicidade, de um lado, e o consumismo, o mundo empresarial e o individualismo vinculados ao capitalismo financeiro, de outro. Trata-se de uma associação direta em que a produção acadêmica dos apóstolos da cultura da felicidade retroalimenta a produtividade corporativa. Com isso, os autores lançam a pergunta: que modelo de felicidade, de trabalho e de sujeito poderíamos contrapor ao modelo dominante de uma felicidade meritocrática e "pronta para consumo"?

Política / Psicologia / Sociologia

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Uma crítica devastadora da psicologia positiva
on 13/5/22


O livro de Ilouz e Cabanas alia a crítica a partir da psicologia e a crítica a partir da sociologia para abordar a psicologia positiva não somente a partir de suas falhas de replicabilidade - que mostram o quanto as afirmações da área são exageradas -, mas também de sua aderência a uma certa racionalidade neoliberal. Ilouz e Cabanas traçam o quanto os pressupostos da psicologia positiva (autonomia completa, autenticidade, e o ideal da felicidade como característica individual) se assoc... leia mais

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Fernando
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