Helena de Tróia

Neste novo e monumental tão arrebatador quanto "As Memórias de Cleópatra" e "Maria Madalena", também lançados, com estrondoso sucesso pela Geração Editorial, Margaret George mais uma vez põe uma personagem feminina para narrar sua própria história, com ardor e paixão, num daqueles livros que começamos a ler, não queremos largar e nos deixa saudades quando chegamos ao final. O público feminino vai adorar este ponto de vista. E o masculino vai se arrebatar com os atos heróicos da mais lendária guerra de todos os tempos. Desta vez a narradora é nada menos do que a belíssima Helena, a mulher que desencadeou a Guerra de Tróia, travada entre gregos e troianos e descrita no poema épico "A Ilíada", de Homero. A respeito desta guerra - sem dúvida a mais famosa de todos os tempos - foram feitos muitos filmes e escritos muitos livros - mas nenhum como este. A Guerra de Tróia não foi a mais sangrenta, tampouco a mais trágica de todas, mas sua lenda continua a nos perseguir até hoje, em razão de suas origens: a formosura de uma mulher, a paixão de um príncipe que a visitou, o amor que surgiu entre os dois como o resultado deste encontro e a tragédia que desencadeou. "Helena de Tróia" é a história de uma mulher cujo rosto teve a reputação de "lançar ao mar mil navios" em sua perseguição. Nascida de Leda, consequência de uma ligação amorosa com Zeus, Helena era terrivelmente bela desde o nascimento. Escondida dos olhares dos estrados, proibida de olhar-se em um espelho, ela permaneceu protegida de sua própria beleza até a idade de se casar. Quando Menelau, cunhado de sua irmã Clitemnestra, competiu por sua mão e a conquistou em matrimônio, Helena iniciou uma vida de felicidade plácida com o marido, sem sair de sua cidade natal, Esparta, e até deu uma filha ao marido, Hermíone. Vivia então tranquila aquela vida comum de esposa formosa naquela corte de heróis quando, neste estado de harmonia doméstica, surgiu Páris, um belo príncipe troiano, acompanhado por seu amigo e aliado, Enéias (cuja história Vergílio tirou o nome). Os dois tinham vindo em uma missão diplomática para reclamar adevolução de Hesíone, a irmã de Príamo, rei de Tróia, que tinha sido raptada e agora residia em uma das outras pequenas cortes gregas. A missão de Páris e Enéias fracassou, mas o dano estava feito. No momento em que Helena lançou o olhar sobre Páris, elase tornou dolorosamente consciente da falta de paixão que existia em seu próprio leito matrimonial e, dentro de poucos dias, os dois se tornaram amantes e fugiram para Tróia nas horas mortas da noite. Todos os antigos pretendente de Helena, tão ofendidos quanto o como o traídoe abandonado Menelau, juntaram-se à seu belicoso irmão Agamêmnon, para irem à Tróia resgatar Helena - questão de honra e única solução para o ultraje. Margaret George teceu uma história magnetizante e repleta de talento literário. Com um enorme elenco de personagens legendários, como Odisseu (Ulisses), Heitor, Ulisses, Príamo, Clitemnestra, Agamêmnon - além dos próprios Páris e Helena - e uma riqueza de material arqueológico que reproduz uma idade do Bronze em toda a sua glória, ela tras de volta à vida uma guerra da qual todos ouvimos falar, mas nenhum de nós jamais conheceu de perto. Plena de profecias e maus agouros, e mesmo assim nos surpreendendo com seus momentos de inocência e beleza,"Helena de Tróia" é uma história lindamente narrada sobre uma mulher que povoa nossos sonhos e os sonhos heróicos em que ela viveu. Uma leitura realmente inesquecível.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance