Durante longo tempo, a África foi considerada um continente sem história. Em 1830, Hegel decretava que "a África não é uma parte histórica do mundo, e depois dele muitos foram os historiadores que, sacrificando mais ao preconceito do que à ciência, repetiram em vários tons a mesma ideia. A obra de Ki-Zerbo, cujo vol. I apresentamos, é o melhor desmentido à lenda da África continente sem história. Num trabalho de reconhecido rigor científico, que a crítica francesa saudou com o maior entusiasmo, o autor levou ao cabo o trabalho ciclópico de trazer à luz as raízes históricas de todo um continente, na sua insuspeitada riqueza. Partindo da pré-história, o presente volume acompanha a caminhada do homem africano até o século XIX, desvendando aos olhos maravilhados do leitor sucessivos periodos de esplendor e decadência, com o surgir e o afundar de reinos e impérios, até os primeiros contactos com os Europeus e às consequências que daí advieram para a evolução histórica da África Negra.