O ateísmo é tão antigo quanto as religiões, que durante muito tempo o moldaram e perseguiram. No entanto, se existem estudos profundos e abundantes acerca da história das religiões, impera um vazio historiográfico sobre a descrença. Esta obra, de Georges Minois, é uma contribuição seminal para o preenchimento dessa lacuna, para ele fruto, principalmente, da conotação negativa que se atribuiu ao ateísmo ao longo dos séculos. Tal conotação estampa-se já nos termos usados para designá-lo, constituídos de prefixos privativos ou negativos: a-teísmo, des-crença, a-gnosticismo, in-diferença. E ainda na intolerância da cultura ocidental em relação ao descrente: A palavra ateu ainda carrega um vago odor de fogueira, escreve Minois.
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