A tese que por enquanto formularei a título de simples esboço é a seguinte: ao passo que, para os Antigos, a obra é entendida como um microcosmo -- o que permite pensar que exista fora dela, no macrocosmo, um critério objetivo, ou melhor, substancial do Belo --, para os Modernos, a obra só ganha sentido em referência à subjetividade, vindo a se tornar, para os Contemporâneos, expressão pura e simples da individualidade: estilo absolutamente singular que não quer ser mais em nada um espelho do mundo, mas sim criação de um mundo, o mundo no interior do qual se move o artista e no qual temos, sem dúvida, permissão para ingressar, mas que de modo algum se impõe a nós como um universo a priori comum.
Artes / Filosofia