Comentada por São Francisco de Sales, é uma das obras mais difundidas da espiritualidade cristã. É por ela que a espiritualidade moderna ganha seu florescimento, com decisivos traços psicológicos, preocupada sobretudo em discernir os movimentos da alma que busca seguir a Jesus Cristo. A obra traduz uma pedagogia religiosa sinalizada pelo caminho da vida interior.
A Imitação de Cristo é uma das obras mais difundidas da espiritualidade cristã, e sua popularidade é impressionante, só sendo ultrapassada pela Bíblia. É o livro que vem alimentando o mundo cristão já muitos séculos, enquanto expressão da devoção moderna. A Imitação de Cristo expressa uma resposta a muitos traumas e desafios que povoaram os povos medievais a partir da busca pela interioridade.
Tomás de Kempis era um dos autores decisivos dessa nova espiritualidade, apontando com sua reflexão o caminho da interioridade. É por meio da Imitação de Cristo que a espiritualidade moderna ganha seu florescimento, com decisivos traços psicológicos, preocupada sobretudo em discernir os movimentos da alma que busca seguir a Jesus Cristo. A obra traduz uma específica pedagogia religiosa, sinalizada pelo caminho da vida interior.
Está dividida em quatro livros. Nos primeiros três livros aborda-se o projeto espiritual da conformação da alma a Jesus Cristo. No Livro I acentua-se a centralidade da “imitação de Cristo” e a exemplaridade da vida virtuosa. Destaca-se, em particular, is valores da humildade, da paciência, do recolhimento em si mesmo e da vida de oração. No Livro II, vem reforçada a piedade cristocêntrica, com os desdobramentos de suas virtudes essenciais, como a simplicidade, a pureza e a retidão do coração. O Livro III, desenvolvido em forma de colóquio, íntimo da alma com Deus, trata especificamente dos temas relacionados à via unitiva. O Livro IV trata da devoção à Eucaristia e da dignidade do estado sacerdotal.
(da apresentação de Faustino Teixeira, PPCIR-UFJF)
Religião e Espiritualidade