Três meses confinada num banheiro minúsculo com mais sete mulheres famintas e aterrorizadas, sem condições mínimas de higiene, saúde e alimentação, lutando contra o desespero e ouvindo as vozes dos assassinos que queriam matá-la cruelmente. O período de tortura física e psicológica é só uma parte do que a jovem Immaculée Ilibagiza teve que suportar, aos 22 anos, para escapar dos soldados que exterminaram sua família e seu povo durante o genocídio que destruiu Ruanda em 1994. Em 'Sobrevivi para Contar', escrito em forma de depoimento ao jornalista Steve Erwin, Immaculée conta, sobretudo, como conseguiu sobreviver emocionalmente ao massacre de sua família, cujos detalhes ela também revela em sua narrativa.