A teologia situa-se no cruzamento de duas experiências andagônicas:
Uma manifesta-se prenhe de esperança. Como nunca em nossas terras, a teologia é procurada, ensinada e praticada, desde as formas mais simples, nas comunidades eclesiais de base, até as mais sofisticadas, nos institutos teológicos.
Outra veste-se de suspeitas, quando a teologia é vista com reservas e até desdém.
No céu da teologia, lucilam estrelas de esperança. A noite escura que baixara, em dado momento, sobre o escampo teológico, vem sendo vencida lentamente por riscos luminosos.
Não se trata ainda de nenhuma aurora boreal. O que desponta é uma sincera luminosidade, alimentada por fatos novos.
Analisar esses fatos para ressignificar o que seja fazer teologia em nossos tempos é o propósito desta Introdução, pensada a partir da necessidade de equilíbrio entre o desânimo preguiçoso em face do descrédito e o afago fácil de situações gratificantes. Há uma exigência incontrolável de estudar teologia nos dias de hoje e, ao mesmo tempo, de aprofundar a inserção consciente, a presença participada junto às pessoas. Dessa conjunção virá a nova feição da teologia, com perfil, enfoques e tarefas insuspeitados.
Religião e Espiritualidade