Num livro de notável atualidade, Érico Veríssimo se indaga sobre as raízes, a história e o destino dos judeus e do judaísmo. Para ele, a fundação do Estado de Israel teria sido o início de uma era de paz para a humanidade. No último dos quatro livros de viagem que escreveu, publicado em 1969, Érico mantém o procedimento literário dos anteriores e escreve um saboroso diário de bordo enriquecido com entrevistas e informações históricas. O roteiro da viagem, na companhia da esposa Mafalda, inclui visitas a diversas cidades e vilarejos, kibbutzim, personalidades, amigos, universidades e museus. Refletindo constantemente sobre o que vê, Veríssimo antecipa uma das questões centrais do semitismo pós-Israel: será que agora o judaísmo deixará de ser uma cultura para virar uma civilização - destinada, como toda civilização, a um "período do inverno, da velhice e da morte"? Será que uma eventual "decadência da civilização do novo Estado sionista [...] vai matar a cultura judaica"? Érico aposta que não, convencido de que a diáspora judaica nunca deixará de existir.
História / Literatura Brasileira / Não-ficção